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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

TEMA DE REDAÇÃO – PUC-RIO – 2012 – 2º Semestre

TEMA DE REDAÇÃO – PUC-RIO – 2012 – 2º Semestre


REDAÇÃO

As formas de família que se apresentam na sociedade atualmente sofreram inúmeras modificações ao longo da história da humanidade e, do mesmo modo, sua agência vem se transformando ao longo do tempo.
Produza um texto dissertativo-argumentativo – com cerca de 25 linhas e título sugestivo –, mostrando como você percebe a família na relação com seus membros e com a sociedade.
A seleção de fragmentos de textos a seguir tem por objetivo ajudá-lo a desenvolver suas próprias ideias acerca do assunto. Alguns desses textos – assim como os demais constantes desta prova – podem ser reproduzidos, em parte, na sua redação, mas em forma de DISCURSO INDIRETO ou de PARÁFRASE, com as devidas fontes mencionadas na redação. NÃO ASSINE.

Texto 1

“A família, desde os tempos mais antigos, corresponde a um grupo social que exerce marcada influência sobre a vida das pessoas, sendo encarada como um grupo com uma organização complexa, inserido em um contexto social mais amplo com o qual mantém constante interação.”

Biasoli-Alves, Z. M. M. (2004). Pesquisando e intervindo com famílias de camadas diversificadas. Em C. R. Althoff, I. Elsen & R. G. Nitschke (Orgs.), Pesquisando a família: olhares contemporâneos (p. 91-106). Florianópolis: Papa-livro.

Texto 2

“Uma das inovações do Censo Demográfico 2010 se refere à criação de um conjunto de 19 categorias de parentesco para classificar os moradores das unidades domésticas em relação ao responsável, o que possibilita configurar um perfil das formas de organização no seu interior. (...)
Trabalhar com categorias de parentesco mais detalhadas apresenta inúmeras vantagens para a compreensão das mudanças que vêm ocorrendo nas formas de organização das unidades domésticas. A desagregação da categoria filho em três alternativas (filho do responsável e do cônjuge, filho somente do responsável e filho somente cônjuge/enteado) permite observar o fenômeno da reconstituição das famílias que vêm crescendo em função do crescimento contínuo dos divórcios e recasamentos. A
desagregação da categoria pais/sogros possibilita, por outro lado, saber se o parentesco com a pessoa responsável se dá por consanguinidade ou afinidade, e a desagregação neto/bisneto permite captar a convivência de pelo menos três gerações em uma mesma unidade doméstica. Essas informações representam um avanço no conhecimento da formação das unidades domésticas.”

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/indicadores_sociais_municipais/indicadores_sociais_municipais.pdf

Texto 3

“Preciso me concentrar. É essencial. Por quê? Ora, que pergunta! Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema – principalmente no Natal e no Ano Novo. Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção, paciência. Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir. Preferimos o desconforto do estômago vazio. Vêm a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai
comer e aquele fastio. Mas a vida – azeitona verde no palito – sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano – quem diria?- solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este, o mais gordo e generoso, farto, abundante. Aquele o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente.
(...)
O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe “Família à Oswaldo Aranha”, “Família à Rossini”, “Família à Belle Meunière” ou “Família ao Molho Pardo” – em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria. Família é afinidade, é “à Moda da Casa” e cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.
(...)
Há famílias, por exemplo, que levam muito tempo para serem preparadas. Fica aquela receita cheia de recomendações de se fazer assim ou assado – uma chatice! Outras, ao contrário, se fazem de repente, de uma hora para a outra, por pura atração física incontrolável – quase sempre de noite. Você acorda de manhã, feliz da vida, e quando vai ver já está com a família feita. Por isso é bom saber a hora certa de abaixar o fogo. Já vi famílias inteiras abortadas por causa de fogo alto.
Enfim, receita de família não se copia, se inventa....

AZEVEDO, Francisco . O arroz de palma. Rio de Janeiro: Record, 2008. p. 11a13.


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