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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

EXERCÍCIOS DE VOCABULÁRIO – 2

EXERCÍCIOS DE VOCABULÁRIO - 2

Advento - Antrópico - Contemporâneo - Demanda- Detrimento - Drástico  - Gritante - Hegemonia - Imperativo - Imprescindível - Imune - Inserir - Leviano - MercantilismoPerpetuar - Prerrogativa - Simbiose - Singular - Utopia - Vetor

Advento
Chegada; o aparecimento de; o que se dá início ou se funda e instaura.
Antrópico
Resultante basicamente da ação do homem.
Contemporâneo
Que habitou ou teve seu início na mesma época; que acontece ou tem seu início no presente; tempo atual.
Demanda
Procura; ação ou efeito de demandar; ato de buscar; disputa; ação de exigir ou reivindicar.
Detrimento
Prejuízo ou estrago; perda, dano; em detrimento de. Em oposição ao interesse de; que resulta em prejuízo para.
Drástico
Diz-se  daquilo que efetua uma alteração violenta, radical, severa.
Gritante  
Que grita ou clama; que chama a atenção de imediato; muito evidente, clamoroso.
Hegemonia
Supremacia, domínio, preponderância ou proeminência; influência absoluta, liderança ou superioridade.
Imperativo

Que impõe, que manda com autoridade; que se impõe de forma argumentativa numa discussão; o que se impõe através de uma obrigação.
Imprescindível 
Aquilo de que não se pode prescindir; indispensável, essencial,  insubstituível.
Imune
Isento, protegido; que não se deixa abater por; repleto de imunidade; desobrigado de pagar impostos; que não tem deveres nem obrigações; livre.
Inserir
Introduzir, fazer entrar; colocar, pôr.
Leviano
Que possui comportamento irresponsável; que age sem reflexão; que é insensato; irresponsável; sem consistência; inconstante ou volúvel; que demonstra leviandade.
Mercantilismo
Propensão a subordinar tudo ao interesse; atitude que leva à prática do comércio com a preocupação dos lucros excessivos.
Perpetuar
Tornar perpétuo, fazer durar sempre, imortalizar, eternizar.
Prerrogativa
Concessão ou vantagem com que se distingue uma pessoa ou uma corporação; privilégio, regalia; faculdade ou vantagem de que desfrutam os seres de um determinado grupo ou espécie; vantagens especiais e possuídas por certas pessoas que pertencem a algum grupo, instituição específica.
Simbiose
Vida em comum; ligação ou relação íntima entre duas pessoas; mutualismo; Quando dois seres de espécies diferentes têm uma relação mutuamente vantajosa para ambas as partes.
Singular

Exclusivo, único, distinto, muito especial; pouco usual; raro ou excepcional.
Utopia
Que está no âmbito do irrealizável; que tende a não se realizar; quimera, sonho; fantasia.
Vetor
Caminho, veículo, portador, intermediário.

Complete com o termo adequado (eventuais flexões podem ser necessárias)

1. Para acabar com a briga a polícia teve que tomar uma atitude _________________.
2. Análise mostra diferença _________________ entres preços de carro no Brasil e nos EUA.
3. A cultura é uma necessidade _________________ de toda uma vida, é uma dimensão constitutiva da existência humana, como as mãos são um atributo do homem.
4. A tradição e a modernidade influenciam no processo de  desenvolvimento de cada país, tornando cada nação absolutamente _________________.
5. Sem dúvida, o ecoturismo é o grande ________________ para a sustentabilidade.
6. O italiano Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari, disse que a escuderia deve priorizar o Mundial-2010 da F-1 em ________________ da atual temporada, na qual a equipe ocupa apenas a quarta posição no Mundial de Construtores. Folha de São Paulo, 29/06/2009
7. Pela quinta vez Saura trabalha com o fotógrafo italiano Vittorio Storaro (premiado autor da fotografia de filmes como Apocalypse Now) que consegue, através da luz, da música e das sombras, "combinar realidade com fantasia, personalidade com criação para mostrar a ________________ entre o artista e sua obra".
8. Com o ________________ dos softwares livres (gratuitos), a Microsoft reagiu anos atrás criando o modelo de negócio Saas (Software como Serviço). Ele se baseia no aluguel dos softwares baixados pela internet.
9. O deputado negou ter a conta no exterior. "Estou sofrendo um processo ______________ de insinuações sem fundamento", disse.
10. "Ela não está encorajada pelo ________________", disse Marion sobre a escritora ao jornal "L'Express". De acordo com a editora, Tristane pretende entregar a associações feministas todo o lucro obtido com a obra.
11. É ________________ que o governo de fato de Honduras respeite e cumpra plenamente a Convenção de Viena.
12.No curto prazo, o governo estuda ________________ um artigo em um projeto de lei já tramitando no Congresso.
13. No último campeonato sul-americano juvenil, a Argentina deixou o Brasil sem o ouro pela primeira vez nesta década, pondo fim a uma ________________ de seis anos.
14. O direito de cobrar impostos aos cidadãos é uma das ________________ do governo.
15. Na conclusão do livro, Marcelo Leite afirma que o objetivo da obra é "expor a inestimável contribuição de Darwin para o pensamento ________________" e mostrar que as implicações do darwinismo vão muito além das ciências naturais.
16. De acordo com a organização, o Brasil não ficou ________________ à crise econômica e financeira mundial, mas já está em curso uma recuperação que vai mostrar seus efeitos no segundo semestre deste ano.
17. O  objetivo é dimensionar adequadamente a frota para atender a ________________. Os novos contratos, que terão validade de quinze anos, devem atender a um sistema de transporte que tenha qualidade, segurança.
18. Muitos cientistas aventaram a hipótese que as mudanças climáticas que ocorreram agora ou que ocorrerão no futuro podem ser devidas às atividades ________________.
19. Do Who, iniciando show às 4 da manhã e tocando "My Generation", a Hendrix, quebrando as cordas da guitarra em "Red House", Woodstock foi o ápice terreno da _____________ hippie.
20. Dizem que para uma pessoa sentir-se realizada e sua memória ________________, ela deve fazer três coisas na vida: plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho.

Texto: "A carta" - Luís Fernando Verissimo

A carta

"The letter". Julian Alden.
        Esta outra história é de dois namorados, ele chamado Haroldo e ela, Marta. Os dois brigaram feio, e Marta escreveu uma carta para Haroldo, rompendo definitivamente o namoro e ainda dizendo uma verdade que ele precisava ouvir. Ou, no caso, ler. Mas Marta se arrependeu do que tinha escrito e no dia seguinte fez plantão na calçada em frente do edifício de Haroldo, esperando o carteiro. Precisava interceptar a carta de qualquer jeito. Quando o carteiro apareceu, Marta fingiu que estava chegando ao edifício e perguntou: 
         − Alguma coisa para o 702? Eu levo.
       Mas não tinha nada para o 702. No dia seguinte tinha, mas não a carta de Marta. No terceiro dia, o carteiro desconfiou, hesitou em entregar a correspondência a Marta, que foi obrigada a fazer uma encenação dramática. Não era do 702. Era a autora de uma carta para o 702. E queria a carta de volta. Precisava daquela carta. Era importantíssimo ter aquela carta. Não podia dizer por quê. Afinal, a carta era dela mesma, devia ter o direito de recuperá-la quando quisesse! O carteiro disse que o que ela estava querendo fazer era crime federal, mas mesmo assim olhou os envelopes do 702 para ver se entre eles estava a carta. Não estava. No dia seguinte – quando Marta ficou sabendo que o carteiro se chamava Jessé e, apesar de tão jovem, já era viúvo, além de colorado – também não. No outro dia também não, e o carteiro convidou Marta para, quem sabe, um chope. Na manhã depois do chope, a carta ainda não tinha chegado a Marta e Jessé combinaram ir ver Titanic juntos. No dia seguinte – nem sinal da carta – Jessé perguntou se Marta não queria conhecer sua casa. Era uma casa pobre, morava com a mãe, mas, se ela não se importasse... Marta disse que ia pensar.
        No dia seguinte, chegou à carta. Jessé deu a carta a Marta. Ela ficou olhando o envelope por um longo minuto. Depois a devolveu ao carteiro e disse:
       −  Entrega.
        E, diante do espanto de Jessé, explicou que só queria ver se tinha posto o endereço certo.

(Luis Fernando Verissimo)

www.veredasdalingua.blogspot.com.br

Leia também:

"Eu, etiqueta" — Carlos Drummond deAndrade
"Olhos de ressaca" — Machado de Assis
"Reinauguração" — Carlos Drummond de Andrade
"Rolezinho: breve rolê histórico" — Antonio Prata


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Tema de redação - FUVEST 2015

Tema de redação - FUVEST 2015

 REDAÇÃO

            Na verdade, durante a maior parte do século XX, os estádios eram lugares onde os executivos empresariais sentavam-se lado a lado com os operários, todo mundo  entrava nas mesmas filas para comprar sanduíches e cerveja, e ricos e pobres igualmente se molhavam se chovesse. Nas últimas décadas, contudo, isso está mudando. O advento de camarotes especiais, em geral, acima do campo, separam os abastados e privilegiados das pessoas comuns nas arquibancadas mais  embaixo. (...)  O desaparecimento do convívio entre classes sociais  diferentes, outrora vivenciado nos estádios, representa uma perda não só para os que olham de baixo para cima, mas  também para os que olham de cima para baixo.
            Os estádios são um caso exemplar, mas não único. Algo semelhante vem acontecendo na sociedade americana como um todo, assim como em outros países. Numa época de crescente desigualdade, a “camarotização” de tudo significa que as pessoas abastadas e as de poucos recursos levam vidas cada vez mais separadas. Vivemos, trabalhamos, compramos e nos distraímos em lugares diferentes. Nossos filhos vão a escolas diferentes. Estamos falando de uma espécie de “camarotização” da vida social. Não é bom para a democracia nem sequer é uma maneira satisfatória de levar a vida.
        Democracia não quer dizer igualdade perfeita, mas de fato exige que os cidadãos compartilhem uma vida comum. O importante é que pessoas de contextos e posições sociais  diferentes  encontrem-se  e convivam na vida cotidiana, pois é assim que aprendemos a negociar e a respeitar as diferenças ao cuidar do bem comum.
  
Michael J. Sandel. Professor da Universidade Harvard.  O que o dinheiro não compra. Adaptado.

Comentário do Prof. Michael J. Sandel referente à afirmação de que, no Brasil, se teria produzido uma sociedade ainda mais segregada do que a norte-americana. 
 
            O maior erro é pensar que serviços públicos são apenas para quem não pode  pagar por coisa melhor. Esse é o início da destruição da ideia do bem comum. Parques, praças e transporte público precisam ser tão bons a ponto de que todos queiram usá-los, até os mais ricos. Se a escola pública é boa, quem pode pagar uma particular vai preferir que seu filho fique na pública, e assim teremos uma base política para  defender a qualidade da escola pública. Seria uma tragédia se nossos espaços públicos fossem shopping centers, algo que acontece em vários países, não só no Brasil. Nossa identidade ali é de consumidor, não de cidadão. 

Entrevista. Folha de S. Paulo, 28/04/2014. Adaptado. 

[No Brasil, com o aumento da presença de classes populares em centros de compras, aeroportos, lugares turísticos etc., é crescente a tendência dos mais ricos a segregar-se em espaços exclusivos, que marquem sua distinção e superioridade.]  (...) Pode ser que o fenômeno “camarotização”, isto é, a separação física entre classes sociais, prospere para muitos outros setores. De repente, os supermercados poderão ter ala VIP, com entrada independente, cuja acessibilidade, tacitamente, seja decidida pelo limite do cartão de crédito.

Renato de P. Pereira. www.gazetadigital.com.br, 06/05/2014. [Resumido] e adaptado.

             Até os anos de 1960, a escola pública que eu conheci, embora existisse em menor número, tinha boa qualidade e era um espaço animado de convívio de classes sociais diferentes. Aprendíamos muito, uns com os outros, sobre nossas diferentes  experiências de vida, mas, em geral, nos sentíamos  pertencentes a uma só sociedade, a um mesmo país e a uma mesma cultura, que era de todos. Por isso, acreditávamos que teríamos, também, um futuro em comum. Vejo com tristeza que hoje se estabeleceu o contrário: as escolas passaram a segregar os diferentes estratos sociais. Acho que a perda cultural foi imensa e as consequências, para a vida social, desastrosas. 

Trecho do testemunho de um professor universitário sobre a Escola Fundamental e Média em que estudou.

       Os três primeiros textos aqui reproduzidos referem-se à “camarotização” da sociedade - nome dado à tendência a manter segregados os diferentes estratos sociais. Em contraponto, encontra-se também reproduzido um testemunho, no qual se recupera a experiência de um período em que, no Brasil, a tendência era outra.
       Tendo em conta as sugestões desses textos, além de outras informações que julgue relevantes, redija uma dissertação em prosa, na qual você exponha seu ponto de vista sobre o tema “Camarotização” da sociedade brasileira: a segregação das classes sociais e a democracia.

Instruções:
- A redação deve ser uma dissertação, escrita de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa.
- Escreva, no mínimo, 20 linhas, com letra legível. Não ultrapasse o espaço de 30 linhas da folha de redação.
- Dê um título a sua redação.



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Tema de redação - UERN 2010

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PROVA DE REDAÇÃO

Instruções:
— Escreva sua Redação no espaço reservado ao rascunho.
— Transcreva seu texto na Folha de Redação, usando caneta de tinta azul ou preta.
— Não utilize letra de imprensa.
Será anulada a Redação
— redigida fora do tema proposto;
— apresentada em forma de verso;
— assinada fora do cabeçalho da folha;
— escrita a lápis ou de forma ilegível.

Existe uma fórmula para evitar que os filhos sigam por um caminho errado?

            É preciso ensiná-los a falhar. Uma coisa certa na vida é que as crianças vão falhar, não há como ser diferente. Quando os pais, a família e a sociedade dizem o tempo todo que é preciso conseguir, conseguir, conseguir, massacram os filhos. É inescapável errar. Todo mundo, em algum momento, vai passar por isso. Aprender a lidar com o fracasso evita que ele se torne algo destrutivo. Às vezes, é preciso lembrar coisas muito simples que as pessoas parecem ter esquecido completamente. Estamos como que dopados. Os pais sabem que as crianças não ficarão com eles a vida inteira, que não vão conseguir tudo com o que sonharam, que vão estabelecer ligações sociais e afetivas que, por vezes, lhes farão mal, mas tentam agir como se não soubessem disso. Hoje os filhos se tornam um indicador do sucesso dos pais. Isso é perigoso, porque cada um tem a sua vida. Não é justo que, além de carregarem o peso das próprias dificuldades, os filhos também tenham de suportar a angústia de falhar em relação à expectativa depositada neles.

(LEBRUN,Jean-Pierre. “Ensinem os filhos a falhar”. Veja, São Paulo: Abril, ed. 2142, ano 42, n. 49, p.21-25, 9 dez. 2009. Entrevista concedida à Revista Veja através do repórter Ronaldo Soares.)

Reflita sobre as ideias veiculadas no fragmento em destaque, que faz parte da entrevista concedida por Jean-Pierre Lebrun à revista Veja, e, com base em sua experiência de vida, escreva um texto dissertativo-argumentativo em que seja trabalhada a importância de os pais terem a capacidade de ensinar os filhos a lidar com o insucesso como meio de crescimento pessoal e passo fundamental para amenizar as frustrações na vida adulta.

ORIENTAÇÕES:

1) Escreva a sua Redação usando a norma culta padrão da língua portuguesa.
2) Defenda o ponto de vista de que o homem se torna realmente humano, segundo afirmação do próprio entrevistado, quando começa a entender que jamais haverá a satisfação completa para nenhum indivíduo.
3) Argumente a favor da necessidade de os pais procurarem incutir na cabeça dos filhos a verdadeira condição humana.
4) Procure fundamentar suas argumentações com exemplos do cotidiano.



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