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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Tema de Redação - UFRJ - 2010

Tema de Redação - UFRJ - 2010
Redação

Leia com atenção o fragmento extraído do texto I da prova de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira:

Toda cultura determina de algum modo os papéis dos homens e das mulheres.

Considerando a afirmativa acima e os trechos abaixo, elabore um texto dissertativo-argumentativo em que você apresente suas reflexões a respeito dos papéis usualmente considerados masculinos ou femininos.

Rigorosamente, os seres humanos nascem machos ou fêmeas. É através da educação que recebem que se tornam homens e mulheres. A identidade social é, portanto, socialmente construída. (p. 10)

(SAFFIOTI, Heleieth I. B. O poder do macho. São Paulo: Moderna, 1987)

É um risco criarmos meninos e meninas de modos idênticos, ensinando que são iguais e têm as mesmas capacidades. Crescerão sem a consciência de que cada ser humano é único e de que deve ser objeto de uma descoberta permanente. E de que há diferenças determinadas por questões biológicas estruturando homens e mulheres em formas de ser distintas. (p. 232)

(PEASE, Allan & PEASE, Barbara. Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor?: uma visão científica (e bem-humorada) de nossas diferenças. Trad. Neuza M. Simões Capelo. Rio de Janeiro: Sextante, 2000)

Foi-se o tempo em que ser mulher ou homem bastava para que um determinado número de atributos fosse conferido. “Aos homens o trabalho, às mulheres a cozinha”; “aos varões o dinheiro, às fêmeas os filhos”. Essas e outras, se não deixaram de ser assertivas verdadeiras, ao menos foram bastante amenizadas em sua incidência social e subjetiva. 

(POLI, Maria Cristina. Feminino/masculino. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007)

ORIENTAÇÕES

1. Evite copiar passagens dos fragmentos apresentados.
2. Redija seu texto em prosa, de acordo com a norma culta escrita da língua.
3. Redija um texto de 25 a 30 linhas.
4. Não se esqueça de atribuir um título a seu texto.

Tema de Redação – FAAP – 2013 – 1º semestre

Tema de Redação – FAAP – 2013 – 1º semestre

REDAÇÃO

OPÇÃO I

                No aeroporto, com seu notebook na mão (e a lista do supermercado dentro da agenda), a ‘nova mulher’ é a um tempo náufraga de si mesma e pioneira de uma desafiadora utopia.

Lya Luft. In: Rio do meio, São Paulo, Editora Mandarim, pág.67, 1982.

Proposta para Redação:

Tendo como base para sua reflexão o texto acima, de Lya Luft, e também os textos dos quais foram retiradas as questões desta prova, elabore uma dissertação‐argumentativa, colocando seu ponto de vista sobre o tema:

A tecnologia, no tempo presente, trouxe a felicidade que o ser humano esperava?

Busque apoiar‐se no seu universo, no tema dado e nos textos motivadores, dos quais foram extraídas as questões para esta prova, mas não os copie ou se limite a fazer paráfrases para expor suas ideias. Redija um texto com clareza, em torno de 25 linhas e dê um título a ele.
Ao redigir, utilize‐se da norma culta e procure ter coesão e coerência.

OPÇÃO II

Como será o amanhã?

                Estamos em agosto de 2052 e você acorda com a mensagem de uma velha amiga, que envia documentos do passado: uma reportagem antiga, publicada em 2012, ainda no papel feito de árvores. Você se diverte vendo como, em meia dúzia de páginas, o jornalista do passado relata previsões sobre o mundo e o Brasil do futuro, feitas por economistas, empresários, cientistas e formuladores de políticas públicas. Um futuro que, para você, já é hoje.
                Mas à parte a ironia com os furos dos prognósticos, você se põe a comparar a sua realidade em 2052 com aquilo que era imaginado tanto tempo atrás. E enfim, voltando à sua vida em 2012, você reconhece que compartilha das preocupações expressas no texto: como a humanidade vai lidar com a poluição que ela cria? Como substituir a energia não renovável?                 Como produzir comida para todos, combater a miséria, controlar o lixo e garantir o bem‐estar? Como vai ser a economia de um mundo cuja população envelheceu? As cidades, já poluídas, engarrafadas e monstruosas, vão ser habitáveis quando a taxa de urbanização do mundo chegar a 80%? Como vai estar o Brasil nesse quadro?

(Jornal Valor – Eu & Fim de Semana, 17,18 e 19 de agosto de 2012, pág.5/6) (fragmentos)

Proposta para Redação

Tendo por base o texto acima e os demais textos apresentados, a partir dos quais foram elaboradas as questões para esta prova, reflita sobre o momento presente: os nossos hábitos, a nossa postura política e a nossa visão de mundo em relação ao futuro que desejamos para nós e para as novas gerações, tendo como temática:

O futuro pertence à tecnologia ou está em nossas mãos?

O texto resultante deverá ser fruto de suas reflexões e não cópia do material apresentado. Deverá ser redigido em prosa, na estrutura dissertativa, ser coeso e coerente, obedecer à norma culta da língua e ser desenvolvido em torno de 25 linhas.
Dê um título à sua redação.


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Tema de Redação – FAAP – 2013 – 1º semestre - Vagas remanescentes

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Processo seletivo para vagas remanescentes

REDAÇÃO

            Mudanças na estrutura urbana, na arquitetura, nos meios de comunicação e transporte viriam a alterar profundamente a própria constituição da realidade. Hoje o real é ele mesmo uma questão. As autopistas de alta velocidade – além da informatização – transformam por completo o perfil das grandes cidades e portanto a nossa experiência e nossa maneira de ver O indivíduo contemporâneo é em primeiro lugar um passageiro metropolitano: em permanente movimento, cada vez para mais longe, cada vez mais rápido. Esta crescente velocidade determinaria não só o olhar mas sobretudo o modo pelo qual a própria cidade, e todas as outras coisas, se apresentam a nós.
            A velocidade provoca, para aquele que avança num veículo, um achatamento da paisagem. Quanto mais rápido o movimento, menos profundidade as coisas têm, mais chapadas ficam, como se estivessem contra um muro, contra uma tela. A cidade contemporânea corresponderia a este olhar. Os seus prédios e habitantes passariam pelo mesmo processo de superficialização, a paisagem urbana se confundindo com outdoors. O mundo se converte num cenário, os indivíduos em personagens. Cidadecinema. Tudo é imagem.

Nelson Brissac Peixoto. “O olhar do estrangeiro”. In: O olhar, organização de Adauto Novaes, São Paulo, Companhia das Letras, 1993, pág. 361.

Proposta para Redação:

No texto de Nelson Brissac Peixoto, o autor analisa o olhar e a postura dos que chegam às grandes cidades e precisam de um tempo para se adaptar a elas e à sua dinâmica, pois as metrópoles com a sua diversidade e a sua multiplicidade ofuscam, em um primeiro momento, a percepção daqueles que com ela se deparam, assustando a uns e encantando a outros. Como você vê essa questão?
Desenvolva suas ideias sobre o tema A vida nas grandes cidades, em uma estrutura dissertativa, tendo como suporte para sua discussão o texto de Brissac Peixoto e os demais, que serviram de base para as questões propostas.
Sua dissertação deve compreender, aproximadamente, 25 linhas, obedecer à norma culta da Língua Portuguesa e apresentarse com coesão e coerência.
Dê um título a seu trabalho.


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Tema de Redação – FAAP – 2012 – 1º semestre
Tema de Redação - UFRJ - 2011

Texto: "As duas éticas" - Rubem Alves

As duas éticas

            AS DUAS ÉTICAS: a ética que brota da contemplação das estrelas perfeitas, imutáveis e mortas, a que os filósofos dão o nome de ética de princípios, e a ética que brota da contemplação dos jardins imperfeitos e mutáveis, mas vivos -a que os filósofos dão o nome de ética contextual. 
            Os jardineiros não olham para as estrelas. Eles nada sabem sobre as estrelas que alguns dizem já ter visto por revelação dos deuses. Como os homens comuns não veem essas estrelas, eles têm de acreditar na palavra dos que dizem já as ter visto longe, muito longe...
            Os jardineiros só acreditam no que os seus olhos veem. Pensam a partir da experiência: pegam a terra com as mãos e a cheiram... 
"O jardineiro". 1890. Camile Pisarro. 
            Vou aplicar a metáfora a uma situação concreta. A mulher está com câncer em estado avançado. É certo que ela morrerá. Ela suspeita disso e tem medo.
            O médico vai visitá-la. Olhando, do fundo do seu medo, no fundo dos olhos do médico ela pergunta: "Doutor, será que eu escapo desta?"
            Está configurada uma situação ética. Que é que o médico vai dizer?
            Se o médico for um adepto da ética estelar de princípios, a resposta será simples. Ele não terá que decidir ou escolher. O princípio é claro: dizer a verdade sempre. A enferma perguntou. A resposta terá de ser a verdade. E ele, então, responderá: "Não, a senhora não escapará desta. A senhora vai morrer..." Respondeu segundo um princípio invariável para todas as situações.
            A lealdade a um princípio o livra de um pensamento perturbador: o que a verdade irá fazer com o corpo e a alma daquela mulher? O princípio, sendo absoluto, não leva em consideração o potencial destruidor da verdade.
            Mas, se for um jardineiro, ele não se lembrará de nenhum princípio. Ele só pensará nos olhos suplicantes daquela mulher. Pensará que a sua palavra terá que produzir a bondade. E ele se perguntará: "Que palavra eu posso dizer que, não sendo um engano -"A senhora breve estará curada...'-, cuidará da mulher como se a palavra fosse um colo que acolhe uma criança?" E ele dirá:
            "Você me faz essa pergunta porque você está com medo de morrer. Também tenho medo de morrer..." Aí, então, os dois conversarão longamente -como se estivessem de mãos dadas ...- sobre a morte que os dois haverão de enfrentar. Como sugeriu o apóstolo Paulo, a verdade está subordinada à bondade.
            Pela ética de princípios, o uso da camisinha, a pesquisa das células-tronco, o aborto de fetos sem cérebro, o divórcio, a eutanásia são questões resolvidas que não requerem decisões: os princípios universais os proíbem.
            Mas a ética contextual nos obriga a fazer perguntas sobre o bem ou o mal que uma ação irá criar. O uso da camisinha contribui para diminuir a incidência da Aids? As pesquisas com células-tronco contribuem para trazer a cura para uma infinidade de doenças? O aborto de um feto sem cérebro contribuirá para diminuir a dor de uma mulher? O divórcio contribuirá para que homens e mulheres possam recomeçar suas vidas afetivas? A eutanásia pode ser o único caminho para libertar uma pessoa da dor que não a deixará?
            Duas éticas. A única pergunta a se fazer é: "Qual delas está mais a serviço do amor?"

(Rubem Alves)


Leia também:

Wally Salomão – Poemas
"Cartas de amor" – Moacyr Scliar
"Meu reino por um pente" – Paulo Mendes Campos

"Tintim" – Luís Fernando Verissimo


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Waly Salomão - Poemas

Waly Salomão - Poemas

Novelha cozinha poética

Pegue uma fatia de Theodor Adorno 
Adicione uma posta de Paul Celan 
Limpe antes os laivos de forno crematório 
Até torná-la magra-enigmática 
Cozinhe em banho-maria 
Fogo bem baixo 
E depois leve ao Departamento de Letras
Para o douto Professor dourar.

(Waly Salomão)

www.veredasdalingua.blogspot.com.br

Leia também:

"Cartas de amor" – Moacyr Scliar
"Meu reino por um pente" – Paulo Mendes Campos
"A flor e a náusea" – Carlos Drummond de Andrade

"As duas éticas" – Rubem Alves


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Tema de Redação – FAAP – 2012 – 2º semestre

Tema de Redação – FAAP – 2012 – 2º semestre

Redação

Pela honra do mandatário

            O presidente do Equador, Rafael Correa, ganhou uma importante batalha legal contra a liberdade de imprensa em seu país, e deu mais um passo para transformar o seu governo em um regime autoritário. (...)
            A intimidação e a ameaça de instalar a autocensura no mundo da informação, obrigando jornalistas e formadores de opinião a se tornarem censores de si mesmos e a escrever olhando furtivamente ao seu redor, é um método que todos os ditadores modernos praticam.
            O exemplo mais conspícuo na América Latina, depois do caso óbvio de Cuba, é o do comandante Hugo Chaves, da Venezuela, seguido por sua aluna exemplar, a argentina Cristina Kirchner – mais hipócrita, mas mais efetiva do que a anacrônica censura prévia ou o mero fechamento policial de meios de comunicação indomesticáveis.
            O desaparecimento de um jornalismo livre e sua substituição por uma mídia neutralizada e incapaz de exercer a crítica é o sonho, também, das pseudodemocracias demagógicas e devastadas pelo populismo.

(Mario Vargas Llosa – Jornal O Estado de S. Paulo, 4 de março de 2012, A 16)

Proposta para Redação:

A partir do texto acima e, também, dos textos que serviram de base para as questões desta prova, busque refletir acerca da temática da liberdade de expressão na contemporaneidade, expressando as ideias que a leitura desses autores suscita, assim como a sua visão de mundo sobre essa questão.
O texto resultante de suas reflexões deverá ser em prosa, na estrutura dissertativa, obedecendo à norma culta da língua e em torno de 25 linhas.
Dê um título à sua redação.


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