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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

CONCURSO PÚBLICO – CARGO: AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA – 2012

CONCURSO PÚBLICO – CARGO: AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA – 2012 – PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA



Para responder às questões de números 01 a 06, leia o texto de Carlos Heitor Cony.

A justiça como é feita

RIO DE JANEIRO – Um filme de André Cayatte (“Justice est faite”) conta a história de um réu acusado de um crime. Ele alega inocência, o juiz fica em dúvida e, na dúvida, não o condena à morte, mas à prisão por oito anos. Cayatte, que além de cineasta era advogado militante, termina entrando na história com o seguinte comentário: “Se o réu é culpado, a pena foi pouca. Se o réu é inocente, a pena foi muita. De qualquer forma, a justiça dos homens foi feita”.

(Folha de S.Paulo, 05.03.2009)

01. Ao se deparar com a dúvida, o juiz

(A) omite-se de suas obrigações.
(B) prescreve uma pena mais severa.
(C) deixa de fazer a justiça dos homens.
(D) não deixa que ela o perturbe.
(E) opta por uma sentença mais branda.

02. O comentário de Cayatte deixa evidente que

(A) o juiz não se influenciou pela alegação de inocência do réu, o que lhe permitiu ser justo, independentemente da justiça dos homens.
(B) a decisão do juiz se baseia na justiça dos homens, que nem sempre pode refletir a verdade de uma situação.
(C) a ponderação do juiz poderia ser de forma menos emotiva, caso ele conhecesse, de fato, a justiça dos homens.
(D) a pena que o juiz aplicou ao réu revela sua fraqueza na hora de decidir, já que abriu mão da justiça dos homens.
(E) o juiz prescreveu uma pena muito maior do que o réu merecia, pelo fato de não se ater à justiça dos homens.

Para responder às questões de números 03 e 04, considere a frase

Cayatte, que além de cineasta era advogado militante... –

03. Com a frase, entende-se que Cayatte

(A) um dia foi advogado.
(B) tinha vontade de ser cineasta.
(C) era cineasta e advogado.
(D) deixou de ser advogado.
(E) era mais do que cineasta e advogado.

04. O termo militante significa

(A) atuante.  (B) revolucionário. (C) omisso. (D) militar. (E) poderoso.

05. No comentário de Cayatte – “Se o réu é culpado, a pena foi pouca. Se o réu é inocente, a pena foi muita.” – as orações iniciadas pela conjunção Se expressam sentido de

(A) conclusão. (B) consequência. (C) conformidade. (D) condição. (E) concessão.

06. Assinale a alternativa correta quanto ao emprego de parônimos.

(A) O juiz agiu com descrição, para não tornar evidente a sua dúvida.
(B) O réu se disse inocente, e foi fragrante a dúvida do juiz.
(C) O réu foi descriminado da acusação pelo habilidoso juiz.
(D) O réu teve sua pena de oito anos proferida pelo iminente juiz.
(E) O réu ficou feliz: o juiz diferiu sentença favorável a sua absolvição.

As questões de números 07 a 12 baseiam-se na charge a seguir.

07. O personagem que vive no mundo do crime

(A) tem medo das pessoas que se arriscam na criminalidade.
(B) considera muito perigosa a vida na criminalidade.
(C) acredita que, em breve, deixará a criminalidade.
(D) revela intenção de manter-se na criminalidade.
(E) afirma, na verdade, ter abandonado a criminalidade.

08. Quando diz – ... juro que nunca mais eu assalto! – o personagem está se expressando com

(A) ódio.  (B) vergonha.  (C) carinho.  (D) obstinação.  (E) ironia.

09. A segunda fala da mulher revela que ela

(A) discorda do tipo de vida do rapaz.
(B) se sente ameaçada pelo rapaz.
(C) tem orgulho do tipo de vida do rapaz.
(D) vive com satisfação ao lado do rapaz.
(E) intimida o rapaz para que mude de vida.

10. Com o verbo no futuro, a frase – Eu vou andar 10 km... – deve ser reescrita da seguinte forma:

(A) Eu andava 10 km.
(B) Eu andarei 10 km.
(C) Eu tenho andado 10 km.
(D) Eu ando 10 km.
(E) Eu andara 10 km.

11. Considere as afirmações.

I. Na frase do personagem – … se eu encontrar um policial… – a palavra policial é um substantivo. Porém, na frase – Mais adiante, há posto policial. – essa mesma palavra tem valor adjetivo.
II. As palavras anzol e azul fazem o plural da mesma forma que policial.
III. O advérbio nunca é indicativo de causa.

Está correto apenas o que se afirma em

(A) I.   (B) II.   (C) III.   (D) I e II.   (E) I e III.

12. Na primeira frase do primeiro quadrinho, a expressão dessa vida está empregada em sentido _____ , sugerindo um modo de vida _____.
Os espaços da frase devem ser preenchidos, correta e respectivamente, com

(A) figurado ... em desarmonia com os padrões sociais
(B) próprio ... desejável para a sociedade moderna
(C) figurado ... condizente com a lei e a ordem social
(D) próprio ... ilegal e pouco desejável socialmente
(E) figurado ... honesto e amparado pela lei

Leia o texto para responder às questões de números 13 a 19.

Livres, anônimos e abandonados

Fazendo um retrospecto na história, encontramos que a primeira instituição com caráter de atendimento à infância tenha nascido na Itália e se expandido por toda Europa e posteriormente no Brasil. Chamava-se “Roda dos Expostos” e recebia essa denominação porque em sua entrada havia um dispositivo que se encaixava em um eixo giratório. Sua função era dar anonimato ao abandono de crianças. Para “expor” uma criança bastava colocá-la dentro da caixa, girá-la a 180º e apertar a campainha. Do outro lado ficava o funcionário para receber a criança abandonada. Nenhuma das identidades era revelada. Esta era uma instituição do tipo total, pois as crianças passavam tempo integral de suas vidas e tinham nela seu único abrigo. No Brasil, esse tipo de instituição chegou por volta de 1726 e esteve em vigor até 1950.
A partir de 1935, a Casa de Expostos de São Paulo, localizada no bairro do Pacaembu, passou a ser conhecida como Asilo Sampaio Vieira. Posteriormente, essa instituição passou a se denominar Educandário Sampaio Vieira, depois Casa da Criança
do Serviço Social de Menores, e por fim, constituiu-se como a Unidade de Triagem Sampaio Viana (UT-1), da FEBEM-SP, que atendia crianças do sexo masculino e feminino, de até seis anos e onze meses.

(Sociologia: ciência&vida, ano II, número 17. Adaptado)

13. De acordo com o texto, uma família que “expunha” uma criança na Roda

(A) adotava-a.  (B) recebia-a.  (C) resgatava-a.  (D) emprestava-a.  (E) abandonava-a.

14. Segundo as informações do texto, a caixa giratória era um expediente da Roda que

(A) permitia ao funcionário conhecer os pais das crianças.
(B) garantia a integridade física do funcionário.
(C) preservava a identidade das pessoas.
(D) expunha aos doadores o funcionário do local.
(E) punha em risco a integridade física e emocional da criança.

15. No título do texto, os termos estão flexionados, concordando gramaticalmente com

(A) crianças.  (B) expostos.  (C) nós (adultos e crianças).  (D) identidades.  (E) funcionário e instituição.

16. Em – Posteriormente, essa instituição passou a se denominar Educandário Sampaio Vieira... – o advérbio Posteriormente indica ______ e seu antônimo é _____.
Os espaços da frase devem ser preenchidos, correta e respectivamente, com

(A) modo ... antigamente
(B) tempo ... anteriormente
(C) afirmação ... concomitantemente
(D) tempo ... após
(E) modo ... raramente

17. Assinale a alternativa correta quanto à pontuação.

(A) A Casa de Expostos de São Paulo a partir de 1935, passou a ser conhecida como Asilo Sampaio Vieira.
(B) A Casa de Expostos de São Paulo, passou a ser conhecida como Asilo Sampaio Vieira a partir de 1935.
(C) A Casa de Expostos de São Paulo, passou a ser conhecida como Asilo Sampaio Vieira, a partir de 1935.
(D) A Casa de Expostos de São Paulo, a partir de 1935, passou a ser conhecida como Asilo Sampaio Vieira.
(E) A Casa de Expostos de São Paulo passou a partir de 1935, a ser conhecida como Asilo Sampaio Vieira.

18. Mantendo-se o mesmo modo e tempo verbal, a oração – Nenhuma das identidades era revelada. – pode ser reescrita da seguinte forma:

(A) Não se tem revelado nenhuma das identidades.
(B) Não se revelou as identidades nenhuma.
(C) Não revelarão nenhuma das identidades.
(D) Não são reveladas nenhuma das identidades.
(E) Não revelavam nenhuma das identidades.

19. Analise as afirmações.

I. Em – ... localizada no bairro do Pacaembu... – se o termo localizada for substituído por próxima, haverá alteração da regência, devendo-se empregar ao no lugar de no.
II. Em – ... que atendia crianças do sexo masculino e feminino... – a forma verbal pode ser substituída por cuidava, sem alteração da regência verbal.
III. Em – ... que atendia crianças do sexo masculino e feminino... atendia pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, por assistia, devendo-se substituir crianças por
à crianças.
Está correto apenas o que se afirma em

(A) I.    (B) II.    (C) III.    (D) I e II.    (E) I e III.

As questões de números 20 a 25 baseiam-se no texto de Ruy Castro.

O caso da coxinha envenenada

RIO DE JANEIRO Na semana passada, em Conchal (172 km de São Paulo), uma mulher serviu um prato de coxinhas ao marido. Este salivou profusamente e atacou uma delas com disposição. Mas, na primeira engolida, sentiu um gosto estranho e comentou que o quitute não estava nos padrões a que ela o acostumara. A mulher deu um sorriso amarelo e disse que devia ser a pimenta-do-reino.
O homem fez “Grmff!” e repassou as coxinhas a seu cachorro, que o olhava com ar súplice, debaixo da mesa. O animal, fraco em etiqueta e de paladar menos sofisticado, devorou a porção quase de uma bocada. Ato contínuo, deu um ganido grosso, irreal, como se dublasse a si mesmo, revirou os olhos e estatelou-se, morto, na sala.
Desconfiado, o marido correu para o pronto-socorro, onde o velho clister entrou em ação. Diante da suspeita de envenenamento, a mulher confessou tudo ao delegado. Tinha desviado R$ 15 mil da conta de ambos e temia que ele descobrisse.

(Folha de S.Paulo, 11.03.2009)

20. De acordo com o texto, o homem

(A) foi ao pronto-socorro porque começou a passar mal depois de ingerir as coxinhas feitas pela mulher.
(B) decidiu dar as coxinhas ao cachorro porque tinha certeza de que a mulher pretendia envenená-lo.
(C) só achou que havia algo errado com as coxinhas depois que seu cachorro as comeu e morreu.
(D) aproveitou as coxinhas do prato para livrar-se do importuno cão, que estava debaixo da mesa.
(E) comeu as coxinhas para poder desmascarar a mulher, que o roubara e queria eliminá-lo.

21. O cachorro olhava seu dono com olhar súplice. Isso significa que o animal

(A) sentia-se desprezado.
(B) esperava receber alimento.
(C) era bastante perigoso.
(D) olhava o dono com desdém.
(E) aparentava estar doente.

22. Na frase – ... e atacou uma delas com disposição. – a preposição com forma uma expressão indicativa de

(A) conformidade.  (B) comparação.  (C) causa.  (D) modo.  (E) consequência.

23. Assinale a alternativa correta quanto à concordância nominal.

(A) O cão, com bem menos sofisticação no gosto do que o dono, comeu todas as coxinhas.
(B) O marido e o cachorro foram vítima da mulher, que queria esconder suas falcatruas.
(C) O cachorro morreu e seu dono quase, porque a mulher lhes serviu coxinhas envenenada.
(D) A mulher temia que o marido soubesse que R$ 15 mil foram desviado da conta de ambos.
(E) A mulher, meia apavorada com a suspeita de envenenamento, contou tudo ao delegado.

Nas questões de números 24 e 25, indique a alternativa que completa, correta e respectivamente, os espaços da frase.

24. O marido se pôs ___ comer as coxinhas, sentiu um gosto estranho e disse _____ mulher que elas estavam fora de seu padrão culinário. Ela, então, respondeu que era devido ____ pimenta do reino.

(A) à ... a ... a
(B) a ... a ... a
(C) a ... à ... à
(D) à ... à ... à
(E) a ... a ... à

25. Quando _____ em perigo, o marido foi ao pronto-socorro. Com a suspeita de envenenamento, o delegado interrogou a mulher e ela não ______ nada.

(A) viu se ... omitiu-lhe
(B) viu-se ... omitiu-lhe
(C) se viu ... o omitiu
(D) si viu ... omitiu-o
(E) se viu ... lhe omitiu

GABARITO

1 – E      2 – B    3 – C    4 – A    5 – D    6 – C    7 – D    8 – E    9 – A  10 – B
11 – D  12 – A  13 – E  14 – C  15 – B  16 – B  17 – D  18 – E  19 – A  20 – C
21 – B  22 – D  23 – A  24 – C  25 – E 

Instituição: Vunesp  - Nível: Médio

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