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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Vinicius de Moraes – O Poetinha

Vinicius de Moraes – O Poetinha

- Nasceu no Rio de Janeiro, em 1913, e faleceu na mesma cidade, em 1980.
- Foi jornalista, dramaturgo, compositor e diplomata.
- Casado por nove vezes, tinha fama de boêmio inveterado.
- Foi carinhosamente apelidado de “O Poetinha”.
- Um dos maiores nomes de nossa MPB, compôs inúmeras obras-primas com parceiros como Tom Jobim, Chico Buarque, Toquinho, Baden Powell, entre outros.
- Era um exímio sonetista.
- Teve grande produção de literatura infantil.
- Entre seus temas prediletos estavam o amor, a solidão, as desilusões e desencontros, a infância e as condições da alma humana.
- Alcançou o ápice da produção poética com poemas essencialmente líricos. Tem alguns sonetos entre os mais famosos e declamados da literatura modernista.

Soneto do Amor Total
Vinicius de Moraes

Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade

Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude

(Vinicius de Moraes)

Soneto de Separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

(Vinicius de Moraes)

Soneto de fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure

(Vinicius de Moraes)

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Luís Vaz de Camões - Poemas


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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Texto - "O Dicionário" - Machado de Assis

O Dicionário 

Era uma vez um tanoeiro, demagogo, chamado Bernardino, o qual em cosmografia professava a opinião de que este mundo é um imenso tonel de marmelada, e em política pedia o trono para a multidão. Com o fim de a pôr ali, pegou de um pau, concitou os ânimos e deitou abaixo o rei; mas, entrando no paço, vencedor e aclamado, viu que o trono só dava para uma pessoa, e cortou a dificuldade sentando-se em cima.
- Em mim, bradou ele, podeis ver a multidão coroada. Eu sou vós, vós sois eu.
Machado de Assis
O primeiro ato do novo rei foi abolir a tanoaria, indenizando os tanoeiros, prestes a derrubá-lo, com o título de Magníficos. O segundo foi declarar que, para maior lustre da pessoa e do cargo, passava a chamar-se, em vez de Bernardino, Bernardão. Particularmente encomendou uma genealogia a um grande doutor dessas matérias, que em pouco mais de uma hora o entroncou a um tal ou qual general romano do século IV, Bernardus Tanoarius; – nome que deu lugar à controvérsia, que ainda dura, querendo uns que o rei Bernardão tivesse sido tanoeiro, e outros que isto não passe de uma confusão deplorável com o nome do fundador da família. Já vimos que esta segunda opinião é a única verdadeira.
Como era calvo desde verdes anos, decretou Bernardão que todos os seus súditos fossem igualmente calvos, ou por natureza ou por navalha, e fundou esse ato em uma razão de ordem política, a saber, que a unidade moral do Estado pedia a conformidade exterior das cabeças. Outro ato em que reveleu igual sabedoria, foi o que ordenou que todos os sapatos do pé esquerdo tivessem um pequeno talho no lugar correspondente ao dedo mínimo, dando assim aos seus súditos o ensejo de se parecerem com ele, que padecia de um calo. O uso dos óculos em todo o reino não se explica de outro modo, senão por uma oftalmia que afligiu a Bernardão, logo no segundo ano do reinado. A doença levou-lhe um olho, e foi aqui que se revelou a vocação poética de Bernardão, porque, tendo-lhe dito um dos seus dois ministros, chamado Alfa, que a perda de um olho o fazia igual a Aníbal, – comparação que o lisonjeou muito, – o segundo ministro, Omega, deu um passo adiante, e achou-o superior a Homero, que perdera ambos os olhos. Esta cortesia foi uma revelação; e como isto prende com o casamento, vamos ao casamento.
Tratava-se, em verdade, de assegurar a dinastia dos Tanoarius. Não faltavam noivas ao novo rei, mas nenhuma lhe agradou tanto como a moça Estrelada, bela, rica e ilustre. Esta senhora, que cultivava a música e a poesia, era requestada por alguns cavalheiros, e mostrava-se fiel à dinastia decaída. Bernardão ofereceu-lhe as coisas mais suntuosas e raras, e, por outro lado, a família bradava-lhe que uma coroa na cabeça valia mais que uma saudade no coração; que não fizesse a desgraça dos seus, quando o ilustre Bernardão lhe acenasse com o principado; que os tronos não andavam a rodo, e mais isto, e mais aquilo. Estrelada, porém resistia à sedução.
Não resistiu muito tempo, mas também não cedeu tudo. Como entre os seus candidatos preferia secretamente um poeta, declarou que estava pronta a casar, mas seria com quem lhe fizesse o melhor madrigal, em concurso. Bernardão aceitou a cláusula, louco de amor e confiado em si: tinha mais um olho que Homero, e fizera a unidade dos pés e das cabeças.
Concorreram ao certame, que foi anônimo e secreto, vinte pessoas. Um dos madrigais foi julgado superior aos outros todos; era justamente o do poeta amado. Bernardão anulou por um decreto o concurso, e mandou abrir outro; mas então, por uma inspiração de insigne maquiavelismo, ordenou que não se empregassem palavras que tivessem menos de trezentos anos de idade. Nenhum dos concorrentes estudara os clássicos: era o meio provável de os vencer.
Não venceu ainda assim porque o poeta amado leu à pressa o que pôde, e o seu madrigal foi outra vez o melhor. Bernardão anulou esse segundo concurso; e, vendo que no madrigal vencedor as locuções antigas davam singular graça aos versos, decretou que só se empregassem as modernas e particularmente as da moda. Terceiro concurso, e terceira vitória do poeta amado.
Bernardão, furioso, abriu-se com os dois ministros, pedindo-lhes um remédio pronto e enérgico, porque, se não ganhasse a mão de Estrelada, mandaria cortar trezentas mil cabeças. Os dois, tendo consultado algum tempo, voltaram com este alvitre:
- Nós, Alfa e Omega, estamos designados pelos nossos nomes para as coisas que respeitam à linguagem. A nossa idéia é que Vossa Sublimidade mande recolher todos os dicionários e nos encarregue de compor um vocabulário novo que lhe dará a vitória.
Bernardão assim fez, e os dois meteram-se em casa durante três meses, findos os quais depositaram nas augustas mãos a obra acabada, um livro a que chamaram Dicionário de Babel, porque era realmente a confusão das letras. Nenhuma locução se parecia com a do idioma falado, as consoantes trepavam nas consoantes, as vogais diluíam-se nas vogais, palavras de duas sílabas tinham agora sete e oito, e vice-versa, tudo trocado, misturado, nenhuma energia, nenhuma graça, uma língua de cacos e trapos.
- Obrigue Vossa Sublimidade esta língua por um decreto, e está tudo feito.
Bernardão concedeu um abraço e uma pensão a ambos, decretou o vocabulário, e declarou que ia fazer-se o concurso definitivo para obter a mão da bela Estrelada. A confusão passou do dicionário aos espíritos; toda a gente andava atônita. Os farsolas cumprimentavam-se na rua pela novas locuções: diziam, por exemplo, em vez de: Bom dia, como passou? – Pflerrgpxx, rouph, aa? A própria dama, temendo que o poeta amado perdesse afinal a campanha, propôs-lhe que fugissem; ele, porém, respondeu que ia ver primeiro se podia fazer alguma coisa. Deram noventa dias para o novo concurso e recolheram-se vinte madrigais. O melhor deles, apesar da língua bárbara, foi o do poeta amado. Bernardão, alucinado, mandou cortar as mãos aos dois ministros e foi a única vingança. Estrelada era tão admiravelmente bela, que ele não se atreveu a magoá-la, e cedeu.
Desgostoso, encerrou-se oito dias na biblioteca, lendo, passeando ou meditando. Parece que a última coisa que leu foi uma sátira do poeta Garção, e especialmente estes versos, que pareciam feitos de encomenda:
O raro Apeles,
Rubens e Rafael, inimitáveis
Não se fizeram pela cor das tintas;
A mistura elegante os fez eternos.

(Machado de Assis, in “Páginas Recolhidas”)

domingo, 19 de junho de 2011

Ferreira Gullar - Poemas


Ferreira Gullar - Poemas

Subversiva

A poesia
Quando chega
Não respeita nada.

Nem pai nem mãe.
Quando ela chega
De qualquer de seus abismos

Desconhece o Estado e a Sociedade Civil
Infringe o Código de Águas
Relincha

Como puta
Nova
Em frente ao Palácio da Alvorada.

E só depois
Reconsidera: beija
Nos olhos os que ganham mal
Embala no colo
Os que têm sede de felicidade
E de justiça.

E promete incendiar o país.

(Ferreira Gullar)

Poemas portugueses 5

Prometi-me possuí-la muito embora
ela me redimisse ou me cegasse.
Busquei-a na catástrofe da aurora,
e na fonte e no muro onde sua face,

entre a alucinação e a paz sonora
da água e do musgo, solitária nasce.
Mas sempre que me acerco vai-se embora
como se me temesse ou me odiasse.

Assim persigo-a, lúcido e demente.
Se por detrás da tarde transparente
seus pés vislumbro, logo nos desvãos

das nuvens fogem, luminosos e ágeis!
Vocabulário e corpo – deuses frágeis -
eu colho a ausência que me queima as mãos.

(Ferreira Gullar)

Cantiga para não morrer

Quando você for se embora,
moça branca como a neve,
me leve.

Se acaso você não possa
me carregar pela mão,
menina branca de neve,
me leve no coração.

Se no coração não possa
por acaso me levar,
moça de sonho e de neve,
me leve no seu lembrar.

E se aí também não possa
por tanta coisa que leve
já viva em seu pensamento,
menina branca de neve,
me leve no esquecimento.

(Ferreira Gullar, in "Dentro da Noite Veloz")

Traduzir-se

Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.

Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.

Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.

Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.

Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.

Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.

Traduzir uma parte
na outra parte
— que é uma questão
de vida ou morte —
será arte?

(Ferreira Gullar, in "Na Vertigem do Dia")

Aprendizado

Do mesmo modo que te abriste à alegria
abre-te agora ao sofrimento
que é fruto dela
e seu avesso ardente.

Do mesmo modo
que da alegria foste
ao fundo
e te perdeste nela
e te achaste
nessa perda
deixa que a dor se exerça agora
sem mentiras
nem desculpas
e em tua carne vaporize
toda ilusão

que a vida só consome
o que a alimenta.

(Ferreira Gullar)


Digo sim

Poderia dizer
que a vida é bela, e muito,
e que a revolução caminha com pés de flor
nos campos do meu país,
com pés de borracha
nas grandes cidades brasileiras
e que meu coração
é um sol de esperanças entre pulmões
e nuvens

Poderia dizer que meu povo
é uma festa só na voz
de Clara Nunes
no rodar
das cabrochas no Carnaval
da Avenida.
Mas não. O poeta mente.

A vida nós a assamos em sangue
e samba
enquanto gira inteira a noite
sobre a pátria desigual. A vida
nós a fazemos nossa
alegre e triste, cantando
em meio à fome
e dizendo sim
– em meio à violência e a solidão dizendo
sim –
pelo espanto da beleza
pela flama de Tereza
pelo meu filho perdido
meu vasto continente
por Vianinha ferido
pelo nosso irmão caído
pelo amor e o que ele nega
pelo que dá e que cega
pelo que virá enfim,
não digo que a vida é bela
tampouco me nego a ela
– digo sim

(Ferreira Gullar)
Leia também:

"O Dicionário" - Machado de Assis

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quinta-feira, 16 de junho de 2011

FORMAS NOMINAIS DO VERBO

FORMAS NOMINAIS DO VERBO

As formas nominais do verbo são o infinitivo, o gerúndio e o particípio passado.

O infinitivo expressa um verbo sem sua conjugação, ou seja, o verbo da frase que não está conjugado é chamado de verbo no infinitivo.
Ex.: Ele vai cantar na sexta-feira,

O gerúndio expressa ações que ainda estão em andamento, ou simplesmente uma ação que está sendo feita no mesmo momento que outra, para dar assim a idéia de indefinido. O gerúndio do verbo é formado pelas seguintes terminações:

1º pessoa – “ando” – Ex.: falar – falando
2º pessoa – “endo” – Ex.: comer – comendo
3º pessoa – “indo” – Ex.: dormir – dormindo

O particípio passado expressa ações que já foram concluídas e pode ser empregado com ou sem verbo auxiliar.
Ex.: Terminada a festa, todos foram para sua casa. (sem verbo auxiliar).
        Eu tinha acabado de jantar quando ouvi o toque da campainha. (com verbo auxiliar).

Na tirinha abaixo, há um exemplo do uso das três formas nominais: o infinitivo querer, o gerúndio esperando e o particípio aprendido


Verbos abundantes

Alguns verbos possuem mais de um particípio passado, sendo uma forma regular e outra irregular. Esses verbos se incluem nos chamados verbos abundantes. Vale lembrar que os verbos abundantes são aqueles que possuem duas ou mais formas equivalentes, tais como dois infinitivos, dois particípios, dois modos de conjugação, etc.

Usemos, por exemplo, os verbos abundantes “imprimir” e “soltar”.

Particípio passado regular – é formado com as terminações “ado” e “ido” e é utilizado, via de regra, com os verbos auxiliares “ter” e “haver”.

Exemplos: A polícia tinha soltado o ladrão por falta de provas.
                  O funcionário tinha imprimido cem cópias das regras da empresa. 

Particípio passado irregular – Não tem terminação específica e é utilizado, via de regra, com os verbos auxiliares “ser” e “estar”.

Exemplos: O ladrão foi solto pela polícia por falta de provas.
                   Foram impressas mil cópias das regras da empresa.

Lista de verbos abundantes

Infinitivo
Particípio regular
Particípio irregular

Absorver
Absorvido
Absorto
Aceitar
Aceitado
Aceito
Acender
Acendido
Aceso
Afligir
Afligido
Aflito
Anexar
Anexado
Anexo
Aprontar
Aprontado
Pronto
Assentar
Assentado
Assento
Benzer
Benzido
Bento
Cativar
Cativado
Cativo
Cegar
Cegado
Cego
Completar
Completado
Completo
Concluir
Concluído
Concluso
Confundir
Confundido
Confuso
Contundir
Contundido
Contuso
Convencer
Convencido
Convicto
Corromper
Corrompido
Corrupto
Cozinhar
Cozinhado
Cozido
Descalçar
Descalçado
Descalço
Despertar 
Despertado
Desperto
Dispersar
Dispersado
Disperso
Dissolver
Dissolvido
Dissoluto
Distinguir
Distinguido
Distinto
Eleger
Elegido
Eleito
Emergir
Emergido
Emerso
Encher
Enchido
Cheio
Entregar
Entregado
Entregue
Envolver
Envolvido
Envolto
Enxugar
Enxugado
Enxuto
Erigir
Erigido
Ereto
Estreitar
Estreitado
Estreito
Exaurir
Exaurido
Exausto
Expressar
Expressado
Expresso
Exprimir
Exprimido
Expresso
Expulsar
Expulsado
Expulso
Extinguir
Extinguido
Extinto
Fartar
Fartado
Farto
Findar
Findado
Findo
Fixar
Fixado
Fixo
Frigir
Frigido
Frito
Fritar
Fritado
Frito
Gastar
Gastado
Gasto
Imergir
Imergido
Imerso
Imprimir
Imprimido
Impresso
Incluir
Incluído
Incluso
Incorrer
Incorrido
Incurso
Inserir
Inserido
Inserto
Isentar
Isentado
Isento
Juntar
Juntado
Junto
Libertar
Libertado
Liberto
Limpar
Limpado
Limpo
Malquerer
Malquerido
Malquisto
Matar
Matado
Morto
Morrer
Morrido
Morto
Murchar
Murchado
Murcho
Nascer
Nascido
Nato
Ocultar
Ocultado
Oculto
Omitir
Omitido
Omisso
Prender
Prendido
Preso
Repelir
Repelido
Repulso
Restringir
Restringido
Restrito
Revolver
Revolvido
Revolto
Romper
Rompido
Roto
Salvar
Salvado
Salvo
Secar
Secado
Seco
Segurar
Segurado
Seguro
Sepultar
Sepultado
Sepulto
Situar
Situado
Sito
Soltar
Soltado
Solto
Submergir
Submergido
Submerso
Sujeitar
Sujeitado
Sujeito
Suprimir
Suprimido
Supresso
Surgir
Surgido
Surto
Surpreender
Surpreendido
Surpreso
Suspeitar
Suspeitado
Suspeito
Suspender
Suspendido
Suspenso
Tingir
Tingido
Tinto
Torcer
Torcido
Torto
Vagar
Vagado
Vago

Observações:

1. Alguns verbos, apesar de possuírem os dois particípios, tiveram sua forma regular desgastada pelo uso, por isso são comumente utilizados somente em seu modo irregular. Exemplos:
Pagar – pago
Ganhar – ganho
Cobrir – coberto

2. Alguns verbos possuem somente o particípio irregular, tais como:

Abrir - aberto
Dizer – dito
Escrever – escrito
Fazer – feito
Pôr – posto
Ver – visto
Vir – vindo

Os verbos derivados dos verbos acima seguem a mesma regra: advir - advindo, sobrepor - sobreposto, etc.

3. Os verbos chegar e trazer só admitem os respectivos particípios regulares: chegado e trazido.

4. Alguns particípios irregulares acabaram, com o tempo, sendo usados quase que exclusivamente como adjetivos, tais como: corrupto, confuso, correto, omisso, roto, etc.

por Prof. Maurício Fernandes da Cunha - www.veredasdalingua.blogspot.com.br

EXERCÍCIOS – Complete com a forma adequada de particípio passado.

1. Antes da prisão do ladrão, a polícia já tinha _________ outros dois envolvidos. (prender)
2. O cachorro foi ______ sete dias após a enxurrada. (salvar)
3. Os pagamentos foram ________ por falta de verba. (suspender)
4. Todos tinham ______ mais cedo para ver o eclipse. (chegar)
5. Jesus disse que a voz tinha ______ do céu como uma prova de amor. (vir)
6. A direção da escola tinha ________ o aluno por mau comportamento. (suspender)
7. Após a marcação do terceiro gol, o jogo ficou _________. (entregar)
8. O time adversário foi _________ pela gol no início do jogo. (surpreender)
9. O poema de Florbela Espanca tinha ________ todos os ouvintes. (cativar)
10. Após ter ________ os sapatos, sentou-se à beira da estrada. (descalçar)
11. O fogo foi ________ à moda antiga, com madeira e pedra. (acender)
12. Em 1845, o Texas foi ________ aos EUA. (anexar)
13. Todos o tinham _______ de culpa. (isentar)
14. O ciclista tinha ________ a prova em menos quarenta minutos. (completar)
15. A trama do livro estava _______ em mistério. (envolver)

Prof. Maurício Fernandes da Cunha

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